O centro do
planeta Terra é o ser humano.
Ser humano ou
seres humanos? Nós, mulheres e homens. E tudo o que foi, é e será
gerado de consequências neste “Azul Terra” foi, é e será em
beneficio ou malefício para os viventes desta “Terra Azul”.
Infelizmente os
demais seres não podem direcionar o seu próprio destino porque
dependem do equilíbrio integrado dos seres humanos e a Natureza. É
vital este “equilíbrio”.
Como os seres
humanos estão “despertando” de que existem muitos desequilíbrios
nesta integração e tanto nós, os demais seres e a nossa Amiga
Natureza sentimos estes “malefícios”. Os responsáveis por tudo
isto? —
Muito prazer: nós mesmos! Eu, tu,
ela/ele, nós... Estamos escrevendo um capítulo da história da
Humanidade que percebemos que em algum ponto do passado começamos a
interferir no trabalho da Natureza.
Interagimos neste processo que
vem desde o início deste planeta para obtermos uma melhor qualidade
de vida e esta interferência parecia ser “boa” para todos,
apenas parecia... Maravilha que o “Livro da Vida” ainda não
terminou de ser escrito... Podemos “construir outros capítulos”
a partir de agora... Que bom. Realmente que bom.
Aqui faço uma
pausa e pergunto: —
O que é qualidade de vida?
Deveríamos todos
tomar a iniciativa e colocarmos esta questão em debate para “nossos
grupos”: famílias, amigas/os, companheiras/os de trabalho,
colegas, organizações e entidades que participamos. Um debate
livre, de posições diferentes, não querendo obter resultados, sem
objetivos concretos e também sem líderes coordenando este debate.
Como é livre não há líderes e nem liderados. Agora faço uma
correção: se agirmos assim não é um debate e sim um “despertar
de consciências”.
Já que
exercitamos o “despertar de consciências” vamos todos viajarmos
no tempo e voltarmos duzentos anos atrás... O único “risco grave”
desta viagem é você, minha amiga leitora ou meu amigo leitor
apaixonar-se perdidamente por esta “história” e querer
transformá-la em realidade para a sua vida. Portanto: cuidado!...
Como sempre o amor pode mudar tudo.
Bom... Duzentos
anos atrás... Nossos ascendentes tinham uma casa na zona rural,
produziam o seu próprio alimento, tinham um ofício artesanal,
desenvolviam uma disciplina inspirada nas estações do dia, ou seja,
acordavam bem cedo quando a Natureza também acorda, alimentavam-se
bem, desenvolviam seu ofício, exercitavam poemas, criavam saúde,
desfrutavam da manhã, da tarde e por incrível que possa parecer
também da noite, respiravam ar puro, colhiam frutos, semeavam
sementes, preparavam terrenos, regavam sonhos, bebiam simplicidade,
choravam alegrias, beijavam horizontes, riam dos obstáculos, faziam
amizades com rios, florestas, pedras, flores e com animais também,
andavam com as deusas e os deuses, amavam a vida, presenteavam
emoções, brincavam com a paz, respeitavam corações, pediam “por
favor” aos céus e agradeciam as nuvens, corriam pelos pastos com a
chuva e plantavam felicidade.
Na hora que tinham
fome sempre por volta da metade do dia quando os “organismos vivos”
necessitam “combustíveis”, alimentavam-se, conversavam face a
face... Celebravam os 50% do dia que já tinham passado e os 50% que
ainda estavam por vir... Após esta celebração “quase que
inconscientes” repousavam logo após as refeições do meio dia...
Um “ninar com os anjos” vamos intitular assim este ato. Quando
regressavam deste “ato” refrescante continuavam no período da
tarde a desenvolverem-se cada uma e cada um no seu ofício. Cessavam
as atividades ao final da tarde. Agradeciam.
E como estavam no
mesmo ciclo da Mãe Natureza que sempre ao final de cada “santo
dia” troca “as cores” do dia para que possamos compreender
diferenças, claro e escuro, nossos ascendentes também iniciavam as
“suas diferenças” procurando relaxar, olhando e admirando o pôr
do Sol e o início da Lua. Muitos se sentavam numa grande varanda
onde a televisão que assistiam aos grandes “programas”, neste
caso programas naturais, tinha “apenas e somente” uma única e só
emissora chamada Natureza.
Reuniam-se todos
ao redor de uma fogueira ou debaixo da luz do céu, “o luar”, com
uma brisa leve e sem tantas opções como hoje... Somente o ouvir de
cada ser humano, suas conversas sábias e agradáveis, uma comida
caseira como um manjar de glória daquele dia tão abençoado no
palco da noite e esta mesma dama chamada noite “preparava” seus
corpos para recuperarem as forças. Sem preocupações, sem pressas,
sem poluição, sem trânsito, sem stress, sem e sem e sem...
Depois de todo
este círculo de energias boas, positivas e revigorantes “visitavam”
o mundo dos sonhos, uma “dimensão paralela”. Descansavam com a
espiritualidade durante algumas horas e como “crianças”
esperavam até que a Mãe Natureza os chamasse de manhã bem cedo
dizendo como um “sussurro sublime”: —
Bom dia.
Acordavam
brindando com vigor o começo da disciplina. Iniciavam o novo ciclo
do novo novamente.
Viajamos, viajamos
e agora retornamos ao agora. Que bonito.
Paro por aqui. Que
há mais para dizer?
12
de setembro de 2013, Sergio Eduardo Del Corso